Durante sua fala, o presidente da República expressou críticas à administração de Jair Bolsonaro e enfatizou a relevância do Sistema Único de Saúde.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que a universalização do sistema de saúde implica um “custo” e, enquanto busca atender toda a população, pode resultar em uma diminuição na qualidade dos serviços oferecidos. Em um discurso marcado por críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula afirmou que não permitirá que o SUS seja desacreditado.

 

“Desde a criação do SUS, houve uma tentativa contínua de deslegitimá-lo, alegando que a qualidade do atendimento era insatisfatória e que os pacientes eram vistos sendo atendidos em corredores de hospitais”, afirmou Lula durante a cerimônia de entrega da Medalha de Mérito Oswaldo Cruz, realizada no Palácio do Planalto. A primeira-dama, Rosângela da Silva, foi uma das homenageadas.

O presidente observou que essas críticas não consideram que “sempre que buscamos garantir direitos a todos, o atendimento não é o mesmo que o de um grupo seleto de pessoas”.

 

“A universalização vem com um custo. O primeiro é positivo, pois visa atender a todos. O segundo é que isso requer mais recursos, mais esforço e, muitas vezes, com o aumento do número de atendidos, a qualidade pode ser um pouco afetada. No entanto, isso nunca justificou o descrédito do SUS”, acrescentou Lula.

Em sua fala, o presidente fez várias menções às falhas do governo Bolsonaro, especialmente no que diz respeito à gestão da pandemia de covid-19. “Nunca imaginei que viveríamos um momento em que a linguagem oficial do presidente da República, junto a ministros da Saúde e médicos com cargos políticos, pudesse propagar tantas inverdades sobre a vacinação”, concluiu.